O Fênix, que entrou em operação em março, é usado pela Petrobras para realizar processos de simulação geofísica rodando em um ambiente Linux (em específico, a distribuição CentOS). Nesses testes, o computador usa uma série de leituras sísmicas coletadas tanto no fundo do mar como na terra.
Essas leituras são processadas nos algoritmos de análise da empresa para criar uma imagem mais clara do que se esconde abaixo da superfície. As simulações permitem que os técnicos antecipem a configuração das camadas mais profundas do subsolo, criando um modelo completo, que indica onde pode existir petróleo, mas também qual é o aspecto dos diversos níveis do solo que precisam ser perfurados. De acordo com a Petrobras, esses dados aumentam a eficiência da prospecção de riquezas e também contribuem para a diminuição de riscos de acidentes na hora de realizar intervenções.
Do ponto de vista do hardware, o Fênix é formado por um total de 12.096 processadores Intel Xeon Gold 5122 (a título de curiosidade, uma CPU dessas pode custar mais de R$ 20 mil), auxiliados pela alta capacidade de processamento paralelo das Nvidia Tesla V100, GPUs especializadas para supercomputadores. Essa massa de processadores permite que o Fênix alcance uma performance computacional bruta de 1.836 teraflops (em teoria, 4.397 teraflops), precisando de um suprimento de 287 quilowatts para operar.
Embora os números do Fênix não façam feio, o computador da Petrobras fica longe dos 10 mais poderosos do mundo. O atual recordista é o Summit, localizado no Oak Ridge National Laboratory nos Estados Unidos: formado por 2.414 milhões de núcleos de processamento Power9 da IBM, o Summit tem uma performance estimada na faixa dos 148.600 teraflops.
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